Só 19% das casas em Portugal estão protegidas contra o risco sísmico, adverte a Associação Portuguesa de Seguradores (APS), na sequência do tremor de terra sentido durante a madrugada. A entidade manifesta a esperança de que este acontecimento contribua para acelerar a implementação de um mecanismo que apoie os cidadãos na prevenção e redução das perdas que um sismo de grande magnitude pode provocar.
Num comunicado em que salienta o facto de não se terem registado danos humanos ou materiais significativos, a APS reforça o apelo, feito há já várias décadas, para a necessidade de criar um sistema eficaz de proteção contra riscos catastróficos, que salvaguarde tanto as pessoas como os seus bens imóveis.
A associação sublinha que, atualmente, 47% das habitações no território nacional não dispõe de qualquer tipo de seguro, 34% estão abrangidas por apólices de incêndio ou multirriscos sem incluir o risco sísmico, e apenas 19% contam com cobertura específica para sismos.
De acordo com a associação que representa o setor segurador, este “está preparado para colaborar ativamente” e já apresentou, em várias ocasiões, propostas concretas ao Governo e ao Parlamento com vista à criação de soluções que garantam proteção às pessoas e às suas habitações”.
A APS espera que “o abalo sísmico sentido hoje sirva de catalisador para acelerar a decisão de estabelecer um modelo eficaz que ajude os cidadãos a suportar e minimizar os impactos económicos e sociais provocados por um sismo de elevada intensidade, permitindo, assim, uma recuperação mais célere e eficaz do quotidiano após eventos desta natureza”.
Fonte: observador.pt