28 de Novembro de 2025

Novas (e antigas) profissões onde passou a fazer sentido ter seguro

O mundo do trabalho mudou — e com ele mudaram também os riscos. Hoje, muitas atividades implicam contacto direto com clientes, bens de terceiros ou prestação de serviços onde um erro, um atraso ou um incidente pode rapidamente transformar-se numa reclamação e, em casos mais graves, num litígio.

Em Portugal existem situações em que a lei impõe a existência de seguro, mesmo em contextos que nem sempre vêm à cabeça. Um exemplo é o seguro do dador (e candidato a dador) de sangue, enquadrado em legislação própria.

Outro caso é a atividade da caça, em que o caçador tem de estar coberto por seguro obrigatório de responsabilidade civil por danos a terceiros para poder exercer.

E há ainda regras específicas aplicáveis a guardas-noturnos, incluindo situações em que, ao utilizar canídeos como meio complementar, é exigido um seguro de responsabilidade civil com capital mínimo definido na lei.

A própria ASF disponibiliza informação e enquadramento sobre seguros obrigatórios no ordenamento jurídico português, reforçando a existência de um universo mais amplo do que os exemplos “clássicos” (como médicos, advogados ou arquitetos).

Profissões emergentes: não é imposto por lei, mas é cada vez mais prudente

Além do que é obrigatório, há um conjunto de profissões que, pela natureza do serviço e exposição ao cliente, beneficiam claramente de um seguro de Responsabilidade Civil Profissional. A seguradora Hiscox identifica atividades como passeadores de cães, amas, instrutores de ioga, sommeliers, personal shoppers e profissionais de micropigmentação como exemplos em que um incidente ou falha pode gerar pedidos de indemnização.

Segundo a mesma fonte, a lógica é simples: o risco varia por profissão, por isso o seguro deve ser desenhado à medida — e a Hiscox refere ter soluções adaptadas a mais de 200 atividades.

O que influencia o preço do seguro

Na prática, o prémio tende a ser definido com base em fatores como:

  • o tipo de atividade;
  • o volume de faturação anual;
  • o limite de cobertura pretendido.

Para pequenos negócios, são referidos valores a partir de cerca de 200€/ano, podendo subir em atividades mais técnicas ou com maior exposição ao consumidor.

Marketing e comunicação: riscos menos evidentes, mas reais

Mesmo em áreas “criativas” como marketing, publicidade e comunicação, existem riscos concretos: falhas contratuais, erros profissionais (design/produção) e até conflitos ligados a direitos de autor e propriedade intelectual — situações onde um seguro pode suportar custos de defesa e eventuais indemnizações.

Seguros à medida e o papel dos mediadores

Um seguro de responsabilidade civil é, muitas vezes, a diferença entre um incidente controlável e um problema financeiro sério. Um exemplo típico é o de um prestador de serviços que, por falha técnica, provoca um prejuízo relevante ao cliente (como a perda de registos essenciais de um evento). Casos destes ilustram porque é que a análise correta de riscos e coberturas é tão importante — e porque o acompanhamento de um mediador pode ser determinante para escolher a solução certa.

Fonte: eco.sapo.pt

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